sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Eu, Sr. Laos Tag

Venho por meio deste... desculpem-me a formalidade, o ofício de escrivão de embaixada corrói-me a personalidade. Continuando, é por meio deste que me apresento a vois ilustres leitores dele, o Autor. Sei que o que esperam é encontrar os seus magnânimes escritos no entanto devo confessar que por ele vocês hão de esperar mais um tanto. Nada de mais, venho me apresentar e só. Acho que as devidas introduções se fazem necessárias já que tive de escrever no espaço reservado a ele, intromissão já desculpada vocês hão de ver.

Trabalho na repartição da embaixada da grandíssima e notabilíssima República Democrática Popular do Laos, embora a importância descomunal que meu país ocupa nos meios da ordem e política internacional, afinal fomos nós que protagonizamos o durável embargo das bananas de Myamar e ajudamos no fornecimento de papel para o Vietnam sem o qual não seria possível promulgar a nova constituição, sou tão somente escriba. Sou copista, tanto como de profissão como por passatempo por que copista, caros ignaros senhores, é também palavra que significa pessoa que "bebe muitos copos, beberão".

Acontece que durante os intermináveis tragos no bar do Seu Jõao, onde reunimo-nos, eu e meus colegas, me inflamo completamente pela nacionalidade que não possuo e acabo por glosar todas a belezas do sempre grande Laos. Essa volta toda para explicar, por que há entre o meu título de deferência e meu primeiro nome o não comum nome de Laos. Acredito que fui bem claro, afinal o caro leitor só precisa de um pouco de imaginação para supor que durante um dos muitos ascessos patrióticos, um dado amigo tenha proferido:

- Caro Sr. do Laos, acalme-se. Afinal de belezas e glorias já, nós brasileiros, temos muitas.

Obviamente não foi difícil para os amigos bêbados, ou seriam bêbados amigos?, presentes sublimarem o "do" e ter lhes sobrado Sr. Laos. Virei a partir de então Sr. Laos Tag, Tag por nascença e Lao por repetição. Não sei se essa introdução me auxilia no meu propósito, admito-me bebum e não ocupo grande cargo, porém a explicação de meu nome já me é sufuciente tanto para o vosso conhecimento quanto para evitar as vossas possíveis piadas.

Muito gasto de papel a toa, poderia muito bem ter lhes poupado essa peculiaridade de minha vida, apresentando-me: Prazer, chamo-me Sr. Laos Tag. O que já foi, já foi, como dizia o grande filósofo hungaro Brünno Plachta. Com devidas introduções já findas revelo o propósito do escrito,(mas não sem antes alguma enrolação. Pronto, enrolo em quatro períodos e aumento a ansiedade do leitor pela descoberta)

O Autor passa não tão bem como de costume e mandou-me anuciá-lo para breve, dando-me o encargo de revelar que ele mesmo não revela os segredos por de trás do título e imagem a cima. Repito, muito papel para nada, no entanto faço as traças felizes e quem sabe roliças, pois encontrarão aqui o melhor tipo de texto a se roer, a saber, o vão, como assim elas me confessaram.

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